A Polícia Federal (PF) solicitou à Justiça, na segunda-feira , a quebra de sigilo bancário de 19 servidores da prefeitura de Santa Maria suspeitos de participar de um esquema de fraude em contracheques. A decisão da Justiça deve sair em até 10 dias. As informações são da Rádio Gaúcha Santa Maria.
Conforme a PF, os contracheques eram fraudados para facilitar empréstimos consignados junto à Caixa Econômica Federal.
De acordo com o delegado Getúlio de Vargas, se sabe a origem do dinheiro, que é a Caixa , mas não se sabe efetivamente o destino.
- Nós só temos as declarações dos investigados no sentido do destino do dinheiro, explica o delegado Vargas.
Por isso se pediu a quebra de sigilo bancário de servidores.
- Ela é imprescindível porque nós temos que efetivamente determinar para onde era destinado o dinheiro. E só através da quebra do sigilo que a gente vai conseguir.
Essa é uma das razões de o inquérito, que foi aberto em outubro de 2013, ser demorado. Depende dessa análise dos dados, depois de autorizado pela Justiça, para saber quem recebia os valores. Os mentores do esquema convenciam o servidor a contrair empréstimos com valores maiores do que precisava. Esse valor excedente era dividido entre os mentores. Um dos servidores, por exemplo, contraiu 10 empréstimos em um período de três anos.
Polícia Federal vai indiciar 50 pessoas por fraude em contracheques da prefeitura em Santa Maria
A PF investiga 69 pessoas suspeitas de integrar o esquema. Dessas, 47 serão indiciadas por estelionato e falsificação de documentos. Três, além desses dois crimes, serão indiciadas por formação de quadrilha, pois seriam as mentoras do esquema.
Mais 19 servidores são suspeitos de fraude em contracheques da prefeitura de Santa Maria
Duas servidoras já foram exoneradas. A terceira pessoa é colaboradora de uma correspondente da Caixa. As outras 19 ainda prestarão depoimento.
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